Até ao ano passado 2010 os PPR eram especialmente atractivos pelos benefícios fiscais, mas agora, será que ainda é vantajoso subscrever um Plano Poupança Reforma?
Os Planos Poupança Reforma (PPR) são planos de poupança a médio longo prazo, com o objectivo de financiar um complemento monetário para sua reforma. Foram criados com o objectivo de incentivar a poupança e garantir um suplemento de reforma aos aderentes.
Existem dois principais tipos de PPR, isto é, PPR sob a forma de seguro ou de fundo. Os seguros PPR podem ter ou não ter capital garantido, porém os seguros com capital garantido podem ou não ter um rendimento mínimo, fixo ou variável.
Actualmente, muitos seguros apresentam um rendimento mínimo calculado com base na Euribor do ano anterior, para acompanhar as taxas de juro do mercado. Os fundos PPR, na sua generalidade, não garantem o capital.
Os PPR de capital garantido e rendimento mínimo estão indicados para quem está a menos de 10 anos da reforma. Já os fundos PPR, que estão mais expostos ao investimento em bolsa e, por isso, não garantem capital, estão mais apropriados para quem tenha entre 40 a 50 anos.
Tal como foi referido, os benefícios fiscais sempre constituíram um dos principais atractivos dos PPR. Porém, os cortes orçamentais limitaram os benefícios fiscais, levando a que este produto não seja, actualmente, vantajoso, do ponto de vista fiscal.
Dos benefícios anteriormente existentes, apenas os primeiros dois escalões se mantiveram inalterados (até aos 4.898 euros e entre esse valor e os 7.410 euros).
Na prática, só pessoas com rendimentos próximos do salário mínimo irão usufruir das deduções. Além disso, estes limites incluem todas as despesas com benefícios fiscais, tais como seguros, donativos e energias renováveis. Ou seja, se tiver um seguro de vida pelo crédito à habitação, já não conseguirá usufruir do benefício fiscal do PPR.
O benefício fiscal à saída do PPR mantém-se, com o imposto aplicado ao rendimento de 8,6%, desde que respeitadas as condições de resgate, e de 21 ,5%, caso não sejam.
Portanto, sem os benefícios fiscais, os PPR transformam-se em fundos de investimento com custos elevados. Se já subscreveu um PPR, nâo faça novas entregas, uma vez que dificilmente obterá o benefício fiscal, mas mantenha a aplicação. Se não está satisfeito com o PPR que escolheu, pode sempre aproveitar para transferi-lo para outro mais rentável e com menos comissões.
De qualquer das formas, mantenha- se apostado em poupar para a reforma. Este ano, opte por aplicações cm maior liquidez e menos custos. Os fundos mistos e os Certificados do Tesouro mostram-se como o melhor destino para as suas
economias.
Se tem menos de 50 anos e pode investir por um mínimo de cinco anos, uma carteira de fundos de acções e obrigações ou um fundo misto podem ser boas opções.
Se tem mais de 50 anos ou simplesmente não quer arriscar, escolha os Certificados do Tesouro: garantem o capital e náo têm custos.